Devido ao alto investimento necessário para atingir produtividades em níveis de rentabilidade, os produtores buscam alternativas para minimizar custos e otimizar algumas atividades realizadas a campo, como as aplicações de produtos. Toda tecnologia que permitir aplicações simultâneas de fertilizantes e defensivos será vantajosa, devido ao menor gasto energético empregado ao evitar aplicações separadas.
A utilização de fertilizantes quelatados assume um importante papel por permitir melhores misturas entre produtos e assegurar um melhor aproveitamento dos nutrientes disponibilizados, nutrindo adequadamente as plantas e refletindo em altas produtividades.
Maryam Samani realizou uma postagem no LinkedIn descrevendo melhor essa tecnologia e seus benefícios, como iremos ver adiante: Para entender os quelatos é preciso entender algumas coisas sobre os micronutrientes metálicos como ferro, cobre, zinco, magnésio e manganês. Você pode reconhecer alguns deles como sendo substâncias metálicas duras. Para que as plantas possam usá-los, o metal precisa ser convertido em uma forma solúvel em água chamada íons. Esses íons flutuam na água que envolve as partículas do solo. Se eles reagem com oxigênio, são convertidos em uma forma que as plantas não podem usar. Também podem interagir com outros íons que podem fazer com que se precipitem como sólidos, tornando-os indisponíveis para as plantas. Os quelatos são moléculas orgânicas que captam e retêm os íons metálicos para que eles não reajam com oxigênio ou outros íons. Mesmo que os quelatos segurem os íons metálicos, as plantas ainda podem absorvê-los através das raízes e usá-los como nutrientes. Os quelatos tornam mais fácil para as plantas encontrarem certos nutrientes. Na verdade, as plantas usam quelatos internamente para mover íons metálicos das raízes para as folhas. Os quelatos são claramente importantes para o crescimento das plantas.
Benefícios:
– Tornar os íons solúveis
Alguns íons nutrientes são menos solúveis em água do que outros e, a menos que sejam dissolvidos na água, as plantas não podem usá-los. A quelação torna esses íons mais solúveis, tornando-os mais acessíveis às plantas.
-Evitar precipitação
Em pH mais alto, alguns íons metálicos, como o ferro, reagem com outro íon chamado hidroxl (OH-). Quando esses dois íons se unem, eles não são mais solúveis em água e se precipitam. Isso ajuda a explicar por que algumas plantas se tornam cloróticas e apresentam sintomas de deficiência de ferro em solo alcalino, mesmo que o solo tenha muito ferro. A quelação reduzirá essa reação, disponibilizando mais ferro para as plantas.
1- Reduzir a toxicidade de íons metálicos
Alguns íons metálicos tornam-se tóxicos para as plantas em concentrações mais elevadas. A quelação remove os íons da água, reduzindo sua concentração. Como as plantas não são mais expostas diretamente ao íon, os efeitos tóxicos também são reduzidos. As moléculas quelantes responsáveis por isso são geralmente grandes moléculas orgânicas, chamadas de ácido húmico.
2- Reduzir a lixiviação
Os quelatos retêm íons e os mantêm fora da água do solo. A água que passa pelas moléculas quelantes não lava mais os íons, reduzindo a lixiviação. Os quelatos não eliminam completamente a lixiviação, mas certamente retardam o processo.
3- Supressão de fitopatógenos
Ao segurar os íons, os quelatos dificultam o acesso de alguns patógenos a eles, reduzindo assim seu crescimento.
Tipos mais comuns de quelatos:
EDTA (ácido etilenodiaminotetracético): preferencialmente usado em solos ácidos. É a forma comum encontrada na maioria dos fertilizantes líquidos.
DTPA (pentaacetato de dietilenotriamina): Eficaz até um pH de 7,5.
EDDHA (ácido etilenodiamino-2-hidroxifenil acético): Pode ser usado até pH 11, mas é o quelato mais caro neste grupo.
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Fernando Zacarias
